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terça-feira, 23 de setembro de 2008

PENSE VELOZ - Você precisa treinar as pernas mas, é o seu cérebro quem dita sua passada (pace)

Se você for como a maioria dos corredores, já descobriu a importância do "pace", da maneira mais difícil. Você começou rápido demais na primeira metade da prova, e ficou cambaleante e ofegante na segunda metade. Mas você aprendeu a lição e usará esta experiência na sua próxima tentativa, permitindo que chegue ao final sem passar mal. Eventualmente, porém, você poderá enfrentar um novo dilema: Se tornou tão bom correndo conservadoramente que se sente muito confortável.
Foto: Richard Downs

Aperfeiçoar o seu ritmo, tentando correr uma certa distância, no menor tempo possível e sem perder o rítimo, é uma arte delicada. Isso porque, mesmo quando olhamos o relógio, corremos, principalmente, pelo sentimento: Nós decidimos se aceleramos, desaceleramos, ou paramos, baseados em quanto desconforto pensamos que podemos lidar.

Até recentemente, a ciência do exercício deu pouca atenção a questão da estimulação mental. Se você está exausto, no meio de uma corrida, a maioria dos especialistas diria que o seu corpo está com a temperatura muito alta ou demasiado lactato (substância que produz a fadiga) circulante no sangue. Mas Ross Tucker, Ph.D., um fisiologista do exercício da Universidade de Cape Town, África do Sul, e um grupo crescente de cientistas, acreditam que exista um sistema mais complexo trabalhando. Sua investigação revela que o cérebro lê o que está acontecendo nos seus órgãos, tecidos e células, durante a corrida, e então usa essa informação para entrar no ritmo certo, logo no início de uma corrida e, em seguida, ajusta o ritmo à medida que esta se desenvolve. Aprender como estes sensores internos trabalham é a chave para se ter um melhor pace e uma corrida mais forte.

Cientistas em exercício focaram-se na ideia de que o seu cérebro controla seu ritmo. Em 1996, H.V. Ulmer, pesquisador alemão, teorizou que quando você executa uma tarefa, o seu cérebro centra-se no objetivo final (a linha de chegada), e trabalha para trás a partir daí, calculando o quanto de esforço você pode fazer e ainda completar o seu treino. Há vários anos, Tucker e os seus colegas, incluindo o renomado fisiologista do exercício, Timothy Noakes, Ph.D., realizou experimentos sobre a teoria de Ulmer, que agora eles chamam de "ajuste antecipado", isto significa que seu cérebro identifica quando você está prestes a fazer uma corrida e ajusta seu pace de acordo. "O cérebro controla o desempenho do exercício para proteger o corpo de alcançar um fracasso ou um ponto potencialmente nocivo.", diz Tucker.

Como é que o seu cérebro reconhece esse limite? "O cérebro recebe sinais do corpo e os interpreta, no contexto do exercício", diz Tucker. Então seu cérebro lê a intensidade do exercício e verifica os diversos sistemas em seu corpo (Há combustível suficiente? Você está bem-hidratado? Qual a sua temperatura corporal?). Para determinar se é possível manter esse ritimo e ainda terminar a corrida. "Então, o cérebro muda o grau de ativação muscular para diminuir o rítimo do atleta ou lhe permitir acelerar", diz Tucker.

Em um dos estudos de Tucker, dois grupos de ciclistas passaram por testes de tempo em temperaturas quentes e frias. Não foi de estranhar que aqueles que se exercitaram no calor obtiveram tempos mais lentos. No entanto, os do grupo quente baixaram seus rítmos sem perceberem, após cinco minutos da partida. Bem antes da sua temperatura corporal central atingir um nível elevado. "O fato de terem abrandado tão cedo sugere que a estimulação é feita por decisão do cérebro bem antes de qualquer fator fisiológico forçar o atleta a reduzir sua velocidade", diz Craig Kain, Ph.D.,psicólogo e professor de esportes do departamento de Cinesiologia da "Califórnia State University", em "Long Beach". "Então, você não está diminuindo a velocidade porque você está quente mas; está diminuindo em antecipação a se tornar quente."

Embora o "ajuste antecipado" tenha sido desenvolvido para impedir que o atleta se machuque, por vezes, o cérebro pode ser superprotetor forçando-o a reduzir o ritimo antes do necessário. Como você pode evitar que o seu cérebro "pise no freio" prematuramente? "Nós temos feito pesquisas sobre esse assunto, e parece que a melhor maneira do seu cérebro aprender é experimentando", declara Carl Foster, Ph.D., professor de ciência desportiva e de exercício da Universidade de "Wisconsin - La Crosse". "Quanto mais você experimenta fadiga, o seu cérebro fica mais sintonizada em seus verdadeiros limites. Simulando uma corrida, em rítimo real, pelo menos, três ou quatro vezes durante seu treino, irá fazer o seu cérebro se familiarizar com o que seu corpo pode lidar".

Kain oferece uma outra estratégia: Divisão Negativa de Treino. "A execução da segunda metade de seus treinos mais rápido do que a primeira, acostumará você a dominar sua mente quando ela tentar diminuir o rítimo, na segunda metade do treino", diz ele.

Estas técnicas de treino vão ajudar tanto o seu corpo como sua mente a se adaptar ao esforço necessário para fazer qualquer treino ou corrida no seu melhor rítimo.

Sinta-se melhor - Sentimentos de cansaço estão, muitas vezes, apenas em sua cabeça. Seu corpo tem o hábito de guardar reservas. Diga isto a si mesmo quando sua mente tentar pará-lo.

Pense - Você pode treinar para executar um determinado ritmo, mas também há fatores intelectuais. O fisiologista de esportes e professor Craig Kain, Ph.D., recomenda dividir a distância.

Diga: "Devagar!" - "Durante a primeira metade, controle-se, para evitar que a adrenalina o faça correr rápido demais", diz Kain.

Fique Focado - "Nos primeiros quilometros, você precisa de se concentrar", diz Kain. "Sua mente irá tentar "segurá-lo" porque ela acha que você deve conservar energia. Ter consciência disto, ajuda você a combate-la".

Fique atento - "Se você treinou adequadamente, você não precisará ficar mais lento, antes do fim", diz Kain. "E, se tiver mantido um ritmo constante, você não terá a energia para acelerar drasticamente". Além disso, não dê atenção a espectadores que gritam "você está quase lá" quando você não estiver. "Se você ouvir isto, aos 32 Km de uma maratona, bloqueie esse pensamento. Caso contrário, sua mente poderá lhe dizer para mudar o ritmo - uma receita para perder velocidade, ir mais devagar e caminhar".

por: Matt Fitzgerald - Runners World
Traduzido por: Ebuzolo




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